A escola municipal Professor João Papa Sobrinho (Gonzaga) inaugurou, na manhã desta sexta-feira (22), a o ‘Cantinho do Oceano’, um espaço na biblioteca da unidade destinado à leitura, reflexões e atividades sobre os oceanos. O local foi idealizado pelos participantes do projeto Embaixadores do Século 21, desenvolvido com alunos de 4º e 5º anos.
“Aqui será um lugar utilizado por toda a escola para tratar deste assunto de extrema importância. Sabemos que estamos na Década dos Oceanos, declarada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, este é o tema de 2021 do projeto institucional da Secretaria de Educação, Santos à Luz da Leitura, e a unidade também está participando da Olimpíada Brasileira dos Oceanos (Unifesp)”, contou o inspetor de aluno e coordenador do projeto Embaixadores do Século 21, Renato Rodrigues Dias Correia.
ACERVO
Parte dos livros que integram o acervo do Cantinho do Oceano foi adquirida com o recurso recebido da arrecadação de óleo de cozinha usado, dentro do Programa Meio Ambiente nas Escolas (PMANE), parceria entre as secretarias de Meio Ambiente (Semam) e Educação (Seduc). Atualmente, 15 escolas municipais fazem parte da iniciativa.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Márcio Gonçalves Paulo, um litro de óleo de cozinha descartado de forma incorreta, contamina mais de mil metros cúbicos de água. “É importante recolher o óleo para que seja reutilizado na produção de outros materiais ou até de biodiesel. No programa, é feita a venda do que é arrecado para as recicladoras e o recurso é utilizado pelas escolas”.
Embaixadores do Século 21
O projeto tem o objetivo de despertar nas crianças uma consciência voltada para as questões ambientais, por meio de diversas campanhas. “Somos pontos de coleta de esponjas, lacres, tampinhas de plástico e de metal, meias usadas, pilhas, blister (embalagens de remédio) e óleo de cozinha usado. Fazemos a divulgação das ações em todas as turmas da escola, para as famílias, e ainda com cartazes na porta da unidade”, acrescentou o coordenador.
São 14 alunos embaixadores na escola, escolhidos por eleição interna. “Com as ações, os alunos entendem qual é o descarte correto do lixo e se tornam multiplicadores porque, se não tomarmos uma atitude, o futuro será ainda mais difícil. O lixo jogado no canal, por exemplo, vai para a praia e depois para o mar, causando muitos problemas. Precisamos fazer nossas escolhas: repensar, reduzir, reutilizar e reciclar”, completou Renato.
Para a aluna Giovanna Kern Guilhen, 11, participar do projeto é divertido. “Desde que entrei para os ‘Embaixadores’, minha visão sobre o mar mudou. Porque antes eu pensava que era só um lugar de diversão, depois aprendi o quanto ele afeta a nossa vida. Temos que preservar o planeta”, disse.
“Influenciamos os alunos menores para que, no futuro, saibam como ajudar o mar e o mundo inteiro. Estou muito orgulhoso do nosso trabalho”, destacou o estudante João Pedro Jurado Pena, 11. Ele foi o autor do nome do novo espaço da biblioteca.
A diretora da ‘João Papa Sobrinho’, Eliana Paulo, destacou que os ‘Embaixadores’ atuam dentro e fora da escola. “Eles mobilizam a todos e é por meio das ações que conseguimos conscientizar as pessoas. A intenção é que este aprendizado comece agora e seja levado para outras gerações, para que possamos construir uma sociedade melhor”.
APOIO
O projeto tem o apoio do programa Maré de Ciências, da Unifesp. “Trocamos conhecimento com os estudantes. Damos informações, treinamentos e apoio, fazemos junto com eles. O protagonismo é deles”, ressaltou a bióloga e participante do Maré de Ciências, Bárbara Lage Ignácio, professora no Instituto do Mar, da Unifesp (campus Baixada Santista). O programa é o responsável pela Olimpíada Brasileira de Oceanos.
Fonte Site da Prefeitura de Santos
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