Nesta quarta-feira (6), a Comissão Intersetorial de Educação Ambiental (CISEA) coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente de São Vicente (SEMAM-SV), se reuniu com o prefeito Kayo Amado para discutir o planejamento e execução da Política de Educação Ambiental do Município, aprovada por unanimidade em 11 de novembro, na Câmara Municipal.
No encontro, marcaram presença os representantes das secretarias que compõem a CISEA, instituída em 2021 por meio de um decreto, que nomeou dois representantes das Secretarias de Educação (Seduc), Turismo (Setur), Planejamento e Governança (Seplag), e Cultura (Secult).
“Quero parabenizar todo o grupo pela iniciativa e empenho para levar esse conhecimento às nossas crianças, que são o maior tesouro. Elas é quem são as mais impactadas. Portanto, investir em educação é o caminho para construir um futuro melhor”, afirmou Kayo Amado.
O Plano Municipal de Educação Ambiental é um instrumento de planejamento e gestão ambiental que visa garantir a integração e comprometimento dos diversos setores da administração municipal, para planejar, proteger, recuperar e utilizar de forma sustentável o meio ambiente com ações de curto, médio e longo prazo, sendo o próximo passo a ser desenvolvido pela CISEA.
Vandilma Galindo, de 60 anos, é professora na rede pública há 40 anos, e observa as crianças. Ela chama atenção para a gravidade da poluição ambiental. “As crianças sofrem diariamente com a poluição ambiental e não se dão conta disso. Por isso a educação, como o prefeito bem disse, é o que vai transformar essa realidade no futuro”.
A Política Municipal de Educação Ambiental estabelece um respaldo das secretarias e da Administração Municipal para que desenvolvam programas socioambientais na Cidade. No caso de São Vicente, em especial, dentro das escolas da rede.
São Vicente já desenvolve projetos ligados à Educação Ambiental em todas as escolas municipais. Neste ano, a Seduc, em parceria com a Semam, deu continuidade à Gincana Sustentável, que visa promover a conscientização por meio de ações educativas. A 2ª edição teve como objetivo sensibilizar e conscientizar de forma lúdica a gestão de resíduos, a logística reversa e a economia circular, promovendo a arrecadação de tampinhas plásticas, lacres de bebidas em lata, sucatas de eletroeletrônicos óleo de cozinha usado. Lançada em março, a edição 2023 promove os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, Nº12, e as metas globais de desenvolvimento sustentável.
Entre as atividades implementadas, estão a coleta seletiva, a reciclagem e logística reversa dos materiais. Houve premiações em quatro categorias diferentes para o maior número de arrecadações por escola, sala e aluno. O projeto teve início no ano passado e arrecadou cerca de 10 toneladas de resíduos, que foram revertidos em medalhas, prêmios, passeios e cadeiras de rodas.
As atividades realizadas com os estudantes em sala de aula têm apoio de livros, gibis, jogo de tabuleiro e uma plataforma com diversas instruções de exercícios voltados à educação ambiental. O evento ainda conta com o auxílio de parceiros e apoiadores, como o Projeto Meio Ambiente nas Escolas – PMANE, Projeto Ecoviver, Mundo Clean Reciclagem, Japuí Gestão de Resíduos, PROLATA Reciclagem e o Núcleo de Cultura de Paz e Não Violência da Secretaria de Educação.
“A Política Municipal de Educação Ambiental visa trazer um norte e diretrizes para o que desejamos seguir. Agora, com o plano, poderemos estabelecer as metas e desenvolver os programas que agregam, trazendo para a nossa realidade. Estamos em uma região costeira. Temos praia, manguezal e restinga. Todos esses ecossistemas são impactados com descartes irregulares de resíduos e as mudanças climáticas. As crianças vão ter esse conhecimento a partir de agora.”, afirmou Felipe Voltarelli da Silva, presidente da comissão.
Por Maurício Massaro
0 comentários