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SAIU NA MÍDIA: Com iniciativas pioneiras, escolas e parques de Santos educam no enfrentamento às mudanças climáticas

Localizada entre o Oceano Atlântico e a Mata Atlântica, com todas as suas diversidades de ecossistemas, Santos tem a educação ambiental como um dos pilares para levar conhecimento para crianças e adolescentes em idade escolar, buscando conscientização, ideias e soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas. Com ações pioneiras, Santos vê suas iniciativas ganhando destaque internacional. Entre elas, a Cidade foi a primeira do mundo a incluir a cultura oceânica como política pública no currículo escolar.

A lei municipal 3.935 de 2021 prevê a implantação de elementos educativos sobre os oceanos, impactos das mudanças climáticas e a preservação da vida marinha abordados nas atividades pedagógicas. A medida teve repercussão por estar de acordo com as ações mundiais de proteção ao meio ambiente relacionadas à Década do Oceano (2021 a 2030). Essas iniciativas estão incluídas na agenda proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2017.

No ano seguinte, mais uma conquista: a Cidade foi a primeira do Hemisfério Sul a receber um evento mundial da Unesco para discutir a política pública. O evento, que teve a duração de cinco dias, reuniu cientistas, políticos, pesquisadores e estudantes de todo o planeta para promover troca de informações e conhecimentos sobre a Cultura Oceânica.

“Santos é uma cidade pioneira nas ações voltadas ao meio ambiente e ao oceano. Investimos em políticas públicas sustentáveis e sabemos que temos que conscientizar as pessoas a respeito da necessidade de preservação da natureza. Estamos preparando as futuras gerações para essa atenção e também envolvendo a população em ações cidadãs, que visam o bem comum e um futuro melhor para todos”, destaca o prefeito Rogério Santos.

A iniciativa chegou ao Projeto Santos à Luz da Leitura, da Secretaria de Educação, que visa ampliar a democratização do acesso à arte e à literatura, conectando a Cidade, os saberes e as culturas. A cada ano, um subtema norteia as ações e permite um recorte para o desenvolvimento das propostas em todas esferas de atuação. Desde 2021, o projeto se dedica à Cultura Oceânica e se destaca pelo pioneirismo na investigação da temática, com uma trajetória de estudos permeados por arte e literatura, seguindo as diretrizes da Unesco.

A discussão da temática pressupõe ações e atividades que relacionem as habilidades dos componentes do currículo santista aos princípios da Cultura Oceânica como, por exemplo, a compreensão de que o oceano, o clima e a humanidade estão fortemente interligados; a apropriação de saberes sobre a diversidade de vida e ecossistemas que o oceano sustenta; a visão de que ainda há muito por descobrir e explorar no mar, entre outros.

Além disso, destacam-se os estudos do meio, nos quais os estudantes têm a oportunidade de investigar aspectos como as características das praias da Cidade, a composição dos sedimentos e a formação das marés. Também são proporcionados momentos de experiências com a arte, de exploração sensorial do vento, dos sons e da temperatura ambiente, de desenhos de observação e leitura compartilhada em diálogo com temas da esfera ambiental.

Reconhecida internacionalmente pelas políticas públicas de sustentabilidade, a Cidade reforça que a melhor maneira de transformar a sociedade é por meio da educação e da influência dos jovens e das crianças nas famílias. Com isso, ações em escolas buscam – além de focar na vida marinha e na importância da proteção dos recursos hídricos – chamar atenção dos estudantes para outros importantes eixos relacionados às mudanças climáticas, como poluição do solo e a emissão de gases poluentes na atmosfera.

Entre as escolas, a UME Leonor Mendes de Barros (Gonzaga) é destaque por ter sido a primeira instituição de ensino no Estado certificada como Lixo Zero e a segunda em todo o Brasil a receber o título do Instituto Lixo Zero. Isso porque a UME, há dois anos, tem se dedicado a desenvolver práticas sustentáveis como a compostagem, evitando que resíduos produzidos sejam destinados ao aterro sanitário. A conscientização ambiental também é levada a sério entre seus alunos, funcionários e comunidade.

Nesta semana, foi a vez da UME João Papa Sobrinho (Gonzaga) mostrar que, com ações simples, podemos evitar grandes riscos ambientais e climáticos ao Município. Os alunos do 1º ano A e os participantes do projeto Embaixadores do Século 21 se reuniram na praia do Boqueirão para fazer a coleta e realizar a separação dos resíduos descartados no espaço público.

O projeto realizado pela UME, coordenado pelo inspetor da instituição Renato Rodrigues Dias Correia, tem o objetivo de despertar nos estudantes uma consciência voltada para as questões ambientais e já teve uma grande conquista: a escola recebeu, em 2022, o título de Escola Azul, concedido pelo programa Maré de Ciências, do Campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Unesco Brasil e British Council. Em todo o país, 295 cidades possuem o título.

A vivência ambiental segue pelo Programa Meio Ambiente em Movimento, que provém de uma parceria da Secretaria de Meio Ambiente, Proteção e Defesa Animal (Semam) com a de Educação (Seduc). No fim de abril, por exemplo, 30 alunos da UME Paulo Gomes Barbosa (Jabaquara) deixaram as salas de aula para ter contato direto com a natureza do Jardim Botânico Chico Mendes (Bom Retiro).

A iniciativa visa promover a conscientização ambiental e o desenvolvimento da criança por meio de atividades lúdicas e educativas ao ar livre, como em parques municipais e na praia, aproveitando recursos naturais para enriquecer a experiência sensorial e motora dos participantes. Por meio de ações que estimulam tato, audição, olfato e visão, o projeto busca não apenas unir o lazer à educação, mas também o desenvolvimento de habilidades psicomotoras e a reflexão sobre a sustentabilidade.

Você sabia que um único litro de óleo de cozinha pode contaminar até 30 mil litros de água, levando à morte peixes e algas? Além do prejuízo ambiental, o elemento, quando descartado de forma incorreta, acaba entupindo bueiros e galerias de esgoto, gerando mais problemas para as cidades. Mas, em Santos, o Programa Meio Ambiente nas Escolas (PMANE), mais parceria entre a Semam e Seduc, Instituto AUÁ, Preserva Recicla e Óleo Vitaliv, atua nas escolas para reverter essa situação, conscientizando os jovens sobre os transtornos do descarte irregular.

A ação transforma as unidades de ensino em pontos de coleta de garrafas de óleo, contando com uma bomba específica onde os alunos devem depositar a substância. Quando a escola completa os recipientes de coleta, o PMANE retira e leva para a reciclagem, onde é transformado em biodiesel, um combustível renovável e menos poluente.

A secretária de Educação, Cristina Barletta, ressalta que a educação é aliada às boas práticas ambientais. “Falar sobre a preservação do meio ambiente, incluindo a cultura oceânica, e abordar os temas que envolvem esta temática é essencial. Acredito que é por meio da educação que podemos promover a mudança de hábitos e a transformação da mentalidade. O conhecimento transforma e amplia os horizontes. As atividades em sala de aula, as ações e os projetos realizados com os nossos alunos contribuem para torná-los multiplicadores das informações e boas práticas em suas famílias e comunidades”.

A educação ambiental também está presente nos parques municipais de forma presencial e virtual – para alcançar um maior público. Seja por jogos de perguntas e respostas, vídeos educativos, curiosidades sobre o tema da sustentabilidade ou datas comemorativas relacionadas, ter a oportunidade de levar informação é pauta séria para os equipamentos. Em ações de plantio, oficinas, jogos e palestras, o tema Mudanças Climáticas é abordado de forma lúdica e, ao mesmo tempo, didática para visitantes e alunos de todas as idades.

No Aquário de Santos (Praça Vereador Luiz La Scala s/nº, Ponta da Praia), o mais antigo do Brasil, são realizadas apresentações de vídeos sobre meio ambiente e ações educativas presenciais, abordando as temáticas de pesca fantasma, compostagem e recursos hídricos.

A equipe de educação ambiental também prepara atividades de férias para toda a família, visando conscientizar sobre a preservação da vida aquática enquanto são realizadas visitas no parque e saídas de campo. Além disso, a equipe vai às escolas contar histórias sobre preservação marinha e dar palestras sobre mudanças climáticas.

Na segunda maior área verde de Santos, o Jardim Botânico Chico Mendes (Rua João Fraccaroli s/nº, Bom Retiro), cerca de trinta árvores nativas são plantadas anualmente pela equipe de botânica do parque, que também distribui mudas para incentivar munícipes a realizar a prática do plantio. “Parece um trabalho de formiguinha, mas que tem como objetivo ajudar a amenizar a temperatura do nosso planeta”, destaca o biólogo do parque, André Olmos.

A cada mês, a equipe encarregada pela educação ambiental no Orquidário (Praça Washington s/nº, José Menino) prepara uma ampla programação ao público visitante, além da conscientização que ocorre o ano todo, em junho, Mês do Meio Ambiente, onde são realizadas atividades exclusivamente com o tema mudanças climáticas.

Com cavaletes explicativos, atividades artísticas para colorir elementos que reduzem os impactos climáticos e uma ‘roda de conversa’ lúdica e leve sobre o tema, a programação promete deixar a criançada e toda a família conscientes sobre a importância da mudança de hábitos, enquanto relacionam alternativas para diminuir prejuízos que as mudanças climáticas podem trazer a uma cidade.

“Recebemos um número significativo de famílias que visitam os parques, principalmente no período de férias escolares. Ao promover atividades e ações de educação ambiental presenciais e virtuais dentro da temática aos visitantes, educamos as crianças e conseguimos, por meio da conscientização, grandes mudanças de comportamento e atitude que, por sua vez, trazem benefícios para o lugar em que moramos. Santos é pioneira em trabalhos envolvendo mudanças climáticas”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Proteção e Defesa Animal (Semam), Marcio Paulo.

Seguindo com o objetivo de formar cidadãos conscientes e despertar a atenção da sociedade para as questões relacionadas ao clima e à sustentabilidade, a Política Municipal de Educação Ambiental, publicada em 2022, tem como base o Programa Municipal de Educação Ambiental (ProMEA Santos), elaborado pela Semam.

Sancionado pelo Executivo, a iniciativa segue os princípios da Política Estadual de Educação Ambiental e do Programa Nacional de Educação Ambiental (PNEA), que tem duração de dez anos e, como princípio, o envolvimento da sociedade para o desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva visando a gestão participativa das ações do setor.

Já o ProMEA atendeu aos princípios da Política Nacional do Meio Ambiente por implementar a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente, visando a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida.

Esta iniciativa contempla os itens 4 e 11 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade e Cidades e Comunidades Sustentáveis. Conheça os outros artigos dos ODS.

Fonte: https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/com-iniciativas-pioneiras-escolas-e-parques-de-santos-educam-no-enfrentamento-as-mudancas-climaticas

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